Lesões




Coluna


Devido a grande extensão da coluna vertebral, vamos dividir os tipos de fraturas em duas partes: Traumatismos na coluna cervical e traumatismos na coluna toracolombar.

1) Traumatismos na coluna cervical: As lesões nessa região podem ocorrer em uma série de diferentes mecanismos de trauma, desde pequenas quedas de altura até grandes acidentes de trânsito. Coluna cervical alta: Nesse segmento da coluna cervical encontramos cinco tipos de lesões.

A) Fraturas do côndilo occipital: Em geral, esse tipo de fratura é causado por acidentes envolvendo traumas de alta energia, tais como acidentes automobilísticos e acidentes ocorridos na pratica esportiva. Em função dos tipos de fatores causais, geralmente são acometidos indivíduos jovens, na segunda e na terceira décadas da vida, principalmente os do sexo masculino. Apresentam-se 3 grupos de fraturas do côndilo occipital. Em um primeiro grupo (tipo I), observa-se fratura impactada do côndilo occipital, tendo como mecanismo de trauma a carga axial do crânio sobre o atlas. Em um segundo grupo (tipo II), tem-se a fratura do côndilo occipital como parte de uma fratura da base do crânio, tendo como causa o trauma direto regional. O terceiro grupo (tipoIII) traz a fratura - avulsão do côndilo

B) Occipital pelo ligamento alar, causada por rotação ou inclinação lateral da cabeça ou pela associação dos dois movimentos.

C) O tratamento mais indicado para casos tipo I ou II, é o uso do colar tipo Philadelphia. Já para casos tipo III, usa-se uma imobilização mais rígida, com halogesso ou gesso tipo Minerva.

D) Fraturas do atlas: Uma compressão axial (vertical) do crânio sobre o atlas força- o sobre o axis, determinando a ruptura do arco anterior e posterior. O tratamento mais indicado é a redução por tração craniana e imobilização por três a quatro meses. Caso haja ruptura do ligamento transverso, será necessária a artrodese occipito cervical imediato.

E) Luxações C1 e C2 : Esse tipo de lesão é rara uma vez que só é possível devido a um violento mecanismo de flexão com ruptura do ligamento transverso, causando um traumatismo medular geralmente incompatível com a vida. O tratamento nesse tipo de lesão será sempre cirúrgico. Após a redução são feitos o amarrilho metálico e a artrodese entre os arcos posteriores de C1 e C2.

F) Fraturas do dente do axis: Nessa de lesão são encontradas 3 tipos de fraturas:

* Tipo I: Fratura do ápice do dente do axis, e não apresentam problemas quanto a consolidação.

* Tipo II: Fratura da base do dente do axis, e geralmente são as mais difíceis de se consolidar.

* Tipo III: Fratura atingindo o corpo do axis, e costuma se se consolidar bem. O tratamento consiste na redução, geralmente por tração e imobilização, que no tipo II deverá ir até 5 meses ou mais.

G) Fratura do enforcado: Também chamado de espondilolistese traumática do axis, é a fratura típica por hiperextensão-distração, na qual há fratura dos pedículos de C2 com deslizamento do corpo dessa vértebra sobre o C3. O tratamento consiste na redução por tração seguida de imobilização com aparelho gessado do tipo Minerva por três meses.

Coluna cervical baixa: Basicamente as lesões podem ser de 6 tipos:

A) Compressão - flexão

B) Compressão vertical

C) Distração - flexão

D) Compressão - extensão

E) Distração - extensão

F) Flexão lateral

As lesões traumáticas da coluna cervical exigem tratamento de urgência porque podem ser determinantes de lesão medular ou podem causá -las posteriormente, o que pode resultar em gravíssimas e definitivas incapacidades para o paciente. O tratamento visará reduzir a fratura ou luxação através da redução mediante a tração com halo craniano.

2) Traumatismo da Coluna Toracolombar: As fraturas da coluna torácica e lombar são as mais freqüentes do esqueleto axial e correspondem a cerca de 89% das fraturas da coluna vertebral, e basicamente podem ser de dois tipos:

A) Fraturas dos processos transversos lombares

B) Fraturas dos processos espinhosos torácicos Essas fraturas constituem lesões banais. Acompanham-se de desconforto o qual exige repouso para permitir a absorção do exsudato hemorrágico, passando -se em seguida à atividade progressiva a fim de ser evitarem aderências intra-músculares.